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REFLEXÕES SOBRE O FENÔMENO DAS MEDITAÇÕES

  • Foto do escritor: Instituto Zardo
    Instituto Zardo
  • 17 de mar. de 2020
  • 2 min de leitura

O presente ensaio vai abordar aspectos relacionados à origem da meditação e o seu desenvolvimento ao longo da História da Humanidade, bem como trará informações sobre a utilização desse fenômeno tão largamente praticado no cotidiano das pessoas no mundo oriental e ocidental. Na sua parte conclusiva, serão apresentadas reflexões a partir da Filosofia Clínica, visando mostrar alguns aspectos de como as "meditações" podem ter um melhor aproveitamento se forem praticadas de acordo com a subjetividade de cada pessoa.


Ensaio: REFLEXÕES SOBRE O FENÔMENO DAS MEDITAÇÕES

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O “ponta pé inicial” para o tema vem dos homens das cavernas, conforme Johnson (1982, pg. 34) apud ASSIS, em seu artigo “Os benefícios da meditação: melhora na qualidade de vida, no controle de stress e no alcance de metas”, quando estes se reuniam em torno de suas fogueiras ficando “atraídos pelas chamas”, prendendo-lhes a atenção, provocando relaxamento e diminuição da ansiedade, por estarem fora da recorrente atitude de “lutar ou fugir” com que se deparavam no dia a dia, devido aos grandes perigos no enfrentamento de seus predadores e outras manobras na busca pela sobrevivência daquela época.

Em outros registros, foi descoberto por antropólogos, nas culturas consideradas “xamanísticas”, as práticas de uma das tribos Kalahari da Idade da Pedra (do deserto Africano), onde “Uma ou duas reuniões semanais são feitas pelo grupo com o objetivo de curar, além de buscar conservar a saúde e bem estar de seus membros”. Os curadores dessas tribos (os xamãs) praticavam a experiência do “êxtase com o objetivo de curar, buscando benefício psicossomático bem específico (JOHNSON, 1982, p.39,46)”, sendo, então, considerados por esses pesquisadores também como predecessores do fenômeno, pois essas práticas se assemelham ao que foi posteriormente considerado como “experiências meditativas”.

Desde lá, muita “água correu por debaixo da ponte” e muitos estudos continuam em andamento a fim de descobrir a origem e o desenvolvimento do fenômeno em questão, pois, nos últimos anos, têm havido uma “enxurrada” de pessoas interessadas no tema.

Paulo Borges, em sua obra “Meditação, A Liberdade Silenciosa”, explica que é necessário esclarecer o assunto “em termos históricos e etimológicos”, a fim de evitar muitas confusões quanto à natureza e objetivo das meditações. Para esse pesquisador:

A palavra vem do latino meditativo, que significa, além de “meditação” e “reflexão”, “preparação”. Com efeito deriva do verbo meditari, que tem os seguintes significados> 1. Exercitar-se, aplicar-se a, praticar; 2. Pensar em, meditar, reflectir, elaborar, preparar, maquinar, projectar, ter em vista; 3. Entregar-se a, estudar, preparar. Por sua vez, meditari relaciona-se com mederi, que significa: 1. Cuidar de, tratar; 2. Socorrer; 3. dar remédio a, remediar, facilitar.

Conforme Borges, tais significados são obviamente relacionados à “medicina, configurando um evidente sentido terapêutico e medicinal do exercício e prática meditativos”. Essa origem latina vem do grego “meleté” que provém do termo hebraico hâgâ e consistem no “esforço por assimilar, por tornar vivos na alma uma ideia, uma noção, um princípio”.


 
 
 

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